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Gosto muito mais do nome italiano deste prato - pasta al pomodoro - do que chamar-lhe apenas esparguete com tomate. Mas o que eu gosto mesmo é de o cozinhar para os meus amigos porque, na realidade, detesto peneiras!
Não é um prato propriamente rápido de se fazer (se calhar leva aí uns quarenta e cinco minutos), mas é eficaz: enche a barriga (pelo menos a mim, que repito sempre, mas às tantas é da fome que tenho às horas que chego a casa), uso o melhor dos cabazes da Dona Horta na devida altura (só começo a fazer este prato nesta altura do ano, quando me lembro de reservar a dita cesta - sim, também me acontece!) e tem uma coisa - o prato, não a cesta! - que eu adoro, adoro, adoro: o queijo parmesão.
Muito importante, antes de começar:
- tomatinhos fora do frigorífico, a amadurecerem ao natural, numa cestinha, na cozinha, pelo menos desde o dia antes;
- por experiência própria, escolher esparguete de qualidade, não vá o danado colar-se à placa (ou ao aparelho, no meu caso). Além disso, se fizer a mais, no outro dia para levar na marmita e aquecer no microondas um bom esparguete não me faz sentir tão desgraçada!
Ora então, e uma vez que está um calor danado, pode começar-se por cozer esparguete para duas pessoas, em água fervente, temperada com sal, uma colher das de sobremesa de azeite e uma casquinha de limão. Retira-se do lume quando estiver al dente, passa-se por água fria corrente e reserva-se. Claro que este passo também se pode fazer enquanto cuidamos dos tomates (já explico como) mas nessas alturas prefiro responder aos emails, às mensagens, arrumar a outra bancada da cozinha ou, como diz alguém de quem eu gosto muito, fazer máquinas.
Para o tomate supimpa:
- 1 kg de tomates maduros pelados e cortados em cubos (esta é a parte difícil mas é fácil descomplicar: ferve-se água numa chaleira e usa-se essa água numa taça, vertendo-a por cima dos tomates, aos quais fizemos um ligeiro corte em cruz, no "rabo", para ser mais rápido pelá-los). Para os mais mandriões e a quem a casca do tomate não faz cá confusões, ignora-se este passo de os escaldar. A dose certa será sempre uma taça, daquelas dos cereais de pequeno almoço, cheia de tomate aos cubos.
- 1 cebola grande, descascada e bem picada
- 4 dentes de alho, daqueles gordos, descascados e picados
Coloca-se azeite num tacho e quando quente refoga-se o alho e a cebola. Assim que começar a ficar tenrinha junta-se o tomate e vai-se mexendo, com a colher de pau, em lume médio-baixo. Porque é em lume médio-baixo que se apura esta coisa, durante a próxima meia hora. Há que juntar água (sempre quente ou a ferver) para que não se estrague nem o tacho nem o cozinhado. E, a minha batota preferida, neste caso, um cubo de caldo de galinha, mas daqueles que dizem natura, que assim não há cá enganos com o sal (porque não é preciso mais nenhum tempero).
Será que a receita está bem? É só isto assim, sem mais nada? É. É só isto. Legumes lá para dentro, um caldo de galinha, e um copito e meio de água quente, e deixar cozinhar o tomate, que vai soltando água e cozendo nele próprio, durante trinta minutos.
Depois, para servir, coloca-se a massa no prato, por cima o pomodoro quente, e raspa-se de fresco queijo parmesão a gosto. Polvilha-se com óregãos secos e esperam-se uns cinco minutos antes de se dar a primeira garfada, o tempo necessário para o tomate não queimar o mê rico céu da boca e para que o queijinho se funda com os restantes sabores.
Sou tonta por isto e espero que, se experimentarem, saia mesmo bem. Quanto mais não seja para eu não ficar mal na fotografia!
Beijinhos,
Joana de Avental.