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Receita aperfeiçoada por Joana do Agreste, nascida e criada no campo. Adepta de uma plant based diet, com umas escapadelas, às vezes, para os lados do pecado. Quem nunca?

 

Não me apeteciam bolos, ainda não está tempo de limonadas. Onde é que os meus limões nunca me falham? Na maionese.

 

maionese.jpg

 

Comecemos então por pôr isto a jeito:

1 ovo inteiro, dos de galinhas felizes, à temperatura ambiente

Sal e Pimenta de Moínho

½ limão espremido

175 ml de óleo de girassol

 

Há ciência para muitas coisas na cozinha e para a maionese a única ciência que é precisa são os cuidados. Ora bem:

- o ovinho deve estar à temperatura ambiente (isto é mesmo importante, hein!);

- o limão não deve ser dos grandalhões, mas sim dos médios, isto se for um limão dos da Dona Horta. Como já os conheço, já sei que suminho dão e que quantidade usar (e, assim sendo, meio limão chega);

- o óleo uso sempre do melhor que encontro, para me sentir menos culpada;

- o recipiente que uso sempre é um copo alto de plástico bem seco; a varinha mágica, caso a tenha usado para outros fins, uso-a (lavadinha, obviamente) também bem enxutinha.

Coloco os ingredientes no copo, gentilmente (outra coisa que é mesmo importante, hein!), um a um, pela ordem que referi.

Depois introduzo a varinha no copo até ao fundo, carrego no botãozinho mais acelerado e deixo fazer magia enquanto conto, segundo a segundo, até quinze, com a varinha sem sair... do fundo! Passado esses quinze, vou  subindo a varinha contando até dez, que é o tempo de envolver o restante óleo que ficou por cima. E ‘tá pronta!

Costumo utilizar a maionese assim, simples e acabadinha de fazer, para uma salada russa (que sabe maravilhas mil com as batatinhas novas que temos actualmente para encomenda extra cabaz) ou então para acompanhar um já acompanhamento dos mais típicos e fáceis: umas batatinhas assadas no forno com paprika. Nesta ocasião pico coentros e alho miudinhos e misturo, com a maionese, muito bem. 

 

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Amados por uns, odiados por outros, a verdade é que os coentros, no que às aromáticas respeitam, em Portugal, são reis.

 

coentros.jpeg

 

Para esta sopa cremosa de coentros, uma receita da NOSSA Joaninha, que tanto se pode fazer com ou sem refogado, vão precisar de:

 

1 batata grande, lavada, descascada e cortada em cubos miudinhos;

1 cebola média, descascada, lavada e cortada miudinha;

2 dentes de alho seco, descascados e picados;

1 maçã das vermelhas, royal gala, com casca, lavada e descaroçada;

1 cabeça de nabo das médias ou meia cabeça de nabo das grandes, descascada, lavada e cortada em quadradinhos;

1 molho de coentros com cerca de 100 gramas (como o que costuma ir no nosso cabaz) lavadinhos e cortados grossos (aproveite os talos para esta sopinha!);

1 fio de azeite e sal qb.

sementes de girassol e uma haste de coentros frescos lavadinhos e picadinhos para decorar.

 

Coloca-se um fio de azeite numa panela e, quando quente, junta-se-lhe a batata, o alho e a cebola, bem lavadinhos e escorridos. Deixa-se que tomem cor, perfumem a cozinha, e juntam-se-lhe 750 ml de água quentinha temperada com sal.

Quando a água levantar fervura junta-se ao que já lá está na panela: a maçã com casca (sim, com casca!), os coentros e o nabo; coloca-se o lume no médio e deixa-se cozer com um fiozinho de azeite por quinze minutos.

Por fim, tritura-se tudo com cuidado e serve-se quentinho em taças individuais, salpicado com sementinhas de girassol (ou outras que apreciem) e os restantes coentros.

 

É re-con-for-tan-te! 

 

 

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Que o cabaz da semana leva couve-flor já toda a gente sabe. O que nem toda a gente sabe é que a couve-flor é uma excelente opção para aquele fritinho (neste caso nada) pecaminoso que antecede o manjar da noite de passagem de ano. 'Bora lá!

 

Ingredientes:

1 Chávena de Couve Flor cozida, aos pedaços;

1 Cebola pequena, picada finamente;

2 Ovos;

1/3 molho de salsa picada;

1/3 molho de coentros picados;

1/2 Chávena de queijo ralado;

1/2 Chávena de pão ralado;

Sal e Pimenta q.b.

 

 

Preparação

1.Ligue o forno a 200ºC e forre um tabuleiro de ir ao forno, com papel vegetal;

2.Num processador de alimentos coloque todos os ingredientes e pulse algumas vezes, para que tudo fique bem ligado. Caso não tenha um processador de alimentos, poderá realizar este processo num taça;

3.Com o auxilio de duas colheres de sopa, molde pequenas pirâmides com a mistura e coloque-as no tabuleiro;

4.Leva ao forno cerca de 20 a 30 minutos ou até as pataniscas ficarem douradas.

5.Retire-as e sirva mornas ou frias.

 

E voilá!

 

Pataniscas de Couve Flor.jpg

 

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Receita de Ana Pires, C.P. 1115N

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Ingredientes: 

1/2 couve lombarda cortada em juliana grossa

1/2 broa de milho partida em migas

6 dentes de alho

Uma fartura de azeite porque couves sem azeite na' prestam

Pimenta 5 sabores e sal qb

 

 

Preparação:

Leve uma panela ao lume, com água, para cozer as couves. Depois de cozidas, deixa-se escorrer (a Maria celeste não nos disse quanto tempo ao certo, mas quaisquer 5 minutinhos devem chegar).

Numa frigideira coloque o azeite e os dentes de alho picados. Quando a cozinha começar a ficar perfumada com o refogado junte a broa (e a nossa que deliciosa que é) e deixe que tome gosto. 

Por fim, junte a couvita e tempera com sal e pimenta, envolvendo mais uma vez antes de ir para a mesa.

 

 

Olhem lá para este rico serviço:

 

migas a la maria celeste.jpg

 

 

Bom proveito!

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Também conhecida por bacalã, a couve-coração, ao nível da produção, e a seguir aos brócolos (no Verão), é a que mais dor de cabeça nos dá. Basta que nos descuidemos um nadinha com a rega e vai que se enchem de todas as pragas e mais algumas. É, portanto, das plantações mais exigentes e desafiantes nesta altura do campeonato e é também por isso que nos dá um gozo enorme ter destas couves, com imensa qualidade, de produção sustentável e rigorosa, disponíveis quer no cabaz quer para encomenda extra cabaz.

 

Se há quem a prefira para o belo do cozido, outros não a podem nem ver à frente. Ou não podiam. Porque depois provaram cá disto e, bom... Bom!

 

Ingredientes:

1 unidade de couve-coração pequena. Como estamos no Verão metade de um bacalã chega porque elas, a esta altura do campeonato, costumam ser assim primas do Gulliver;

meia unidade de couve-roxa (metade do volume da couve-coração é suficiente a menos que seja louco/a por pantones à mesa);

1 cenoura fresca (e grandalhona) com casca;

2 maçãs das fuji ou das royal gala, descaroçadas, com a casca;

1 unidade de limão, até pode ser feioso, mas tem de ser cheiroso;

azeite, sal e pimenta (uma qualquer) moída na ocasião;

maionese, de preferência caseirinha.

 

Vamos começar pelo fim, pela maionese, porque se sair mal dá tempo de mandar uma alma penada num instante à mercearia, não é?

1 ovo à temperatura ambiente;

sal e pimenta;

sumo de meio limão (outro limão, não aquele ali em cima);

170 ml de óleo (sim, sabemos que o azeite é mais saudável, mas fazer o quê se assim nos sai sempre bem?)

Colocar os primeiros quatro ingredientes, nessa ordem, num copo alto onde se possa enfiar uma varinha mágica. Adicionar o óleo (o quinto ingrediente) suavemente e em fio. Colocar a varinha mágica no fundo e accionar. 20-30 segundos e já está! 

 

Agora emparelhe-se a salada:

Corte-se o coração em juliana, lave-se e escorra-se;

Corte-se a couve-roxa em juliana, lave-se e escorra-se;

Pique-se de uma só vez a cenoura e as maçãs, bem picadinhas;

Misture-se tudo e regue-se com o sumo do limão, com um bocadinho de azeite e tempere-se com sal e pimenta.

No fim junta-se a maionese, prova-se, aprova-se, some-se tudo assim sem se dar por ela e depois faz-se tudo outra vez porque esta salada é verdadeiramente irresistível. 

 

salada de couve-coração.jpg

Receita amplamente partilhada com os nossos clientes desde 2012. A foto é nossa, mas mandem-nos as vossas para podermos partilhar nas nossas redes (e regalar-nos por vos conseguirmos fazer um nadinha mais felizes!).

 

Até breve!

 

Dona Horta Dream Team.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Um destes dias chegámos a casa muito tarde, muito cansados e com muita vontade de comer um valente caril. Quis o destino - ou outra coisa qualquer que o valha - que tivéssemos a jeito uma couve-flor, das sobras. É que, como sabem, na Dona Horta, não só produzimos e temos disponível para encomenda os nossos produtos como também os comemos. A juntar a isso, nada se desperdiça. As sobras do dia são distribuídas pela equipa e assim evitamos desperdícios que, cada vez menos, fazem sentido.

 

Ingredientes:

 

1 couve-flor média, desfolhada, cortada em floretes todas mais ou menos do mesmo tamanho.

 

50 gramas de manteiga, preferencialmente sem sal (cortamos a olho da barra da manteiga, é mais coisa menos coisa)

 

150 gramas de lentilhas vermelhas (temos sempre em casa, adoramos leguminosas e estamos a trabalhar para ter uma grande variedade delas disponível no nosso site até ao fim deste semestre | usamos as de pacote, dos celeiros desta vida, mas também podem utilizar já cozidas)

 

1/2 copo de água quente

 

1 colher, das de sobremesa, de caril

 

1 colher, das de café, de gengibre

 

1 colher, das de café, rasa de piri-piri moído

 

200 ml de natas de arroz

 

3 colheres, das de sopa, de lascas de côco 

 

3 pés de coentros

 

sal e pimenta a gosto

 

E agora? O que fazer com isto?

 

Fácil!

 

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1. Lava-se a couve-flor. Até se pode deixar de molho uns minutos em água fria com uns pingos de vinagre de vinho.

 

2. Coloca-se a manteiga num tachinho a derreter. Quando assim estiver, juntam-se as especiarias. Quando estas começarem a perfumar a cozinha junta-se a couve-flor, escorrida e deixa-se até começar a dourar nas pontinhas.

 

3. Juntam-se as lentilhas, envolve-se. Quando ferver junta-se a água quente, as lascas de côco e tempera-se de sal e pimenta.

 

4. Aguardam-se cinco preciosos minutos e juntam-se as natas de arroz. Aguardam-se outros três minutos, desliga-se o fogão, juntam-se os coentros lavados e picados e voilá!

 

Acompanha com arroz da variedade basmati. Nós estávamos com tanta fome que fizemos logo no microondas.

 

Ah! Não tínhamos espinafres. Mas quando temos adicionamos os ditos na mesma altura que as lentilhas.

 

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Adoramos abóbora de todas as maneiras e feitios, seja para doces, seja para salgados, seja para estufados!

A abóbora menina que temos disponível para preparação desta receita é a menina (variedade) e foi o produto da semana, no decorrer da segunda (semana) de 2019. 

 

Como vos falámos antes, na nossa newsletter e também na nossa publicação via Facebook, a nossa plantação de abóboras de 2018 (sim, e a colheita também é desse ano, que carinhosamente armazenamos para dar para largos meses) sofreu logo ao início, uma praga de míldio antecedida de uma adaptação muito complicada das mudas das plantas ao solo. Não tivémos a produção esperada mas tivemos alguma e tem dado para o gasto. Ainda assim, conseguimos ter abóboras de polpa bastante laranjinha, com muito sabor, muito boas quer para compota quer para sopa. E é sopa que vos vamos dar esta semana :)

 

Ingredientes:

400 gramas de abóbora, sem casca, já cortada aos cubos

1 cebola grande, descascada, lavada e escorrida, cortada em gomos

2 dentes de alho, descascados, lavados e escorridos, cortados ao meio

1 folha de louro, lavada

1 lata, das de 400 ml, de leite de côco

1 colher, das de café, bem cheia de caril em pó

4 pés de coentros lavados, bem escorridos e picados

1 colher, das de sopa, muito generosa de manteiga

1 mão cheia de croutons ou pão torradadinho cortado em cubos (preferimos esta última opção e é a que usamos em nossas casas, para aproveitarmos pão que nos sobra)

sal grosso a gosto

pimenta preta moída grosseiramente

 

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Começamos por colocar a manteiga, sem medos, na panela da sopa. Seguimos com a panela para o lume (médio alto) e, quando a manteiga derreter, juntar a folha de louro, a cebola, o alho e a abóbora. Deixa-se refogar até que a cebola e a abóbora mudem de cor. Junte-se então o caril e sal grosso, perfume-se a cozinha e junte-se água quente de forma a que cubra a abóbora e não mais. Baixa-se o lume para médio e deixa-se que coza por 10 ou 12 minutos. Passado esse tempo, utilize-se a técnica infalível do garfo para se certificar que a abóbora está cozida. 

 

Quando a abóbora estiver como se quer - cozida, portanto - retira-se a folha de louro e tritura-se até fazer um puré, sem quaisquer grumos. Junta-se então o leite de côco e pimenta a gosto e, quando a sopa levantar fervura, está praticamente pronta, restando-nos agora completar a restante guarnição e saboreá-la bem quentinha.

 

Distibui-se a sopa pelos pratos fundos de cada um, perfuma-se com os coentros e reforça-se com o pão torrado. Um mimo!

 

 

 

 

 

 

 

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Poizé! Retomamos a rubrica das receitas que tem andado meio apagada. De Inverno é-nos mais fácil fazer estas coisas porque o dia vai-se mais cedo e somos obrigados a recolher à medida que o sol se vai... 

Assim, trabalhamos mais no sofá - que também temos um, ora essa :) - e pomos em dia as tarefas que, ainda que por vezes fiquem para trás, são igualmente importantes.

Esta receita de sopa de feijão dá um bocadinho trabalho, quanto mais não seja porque o feijão exige preparo. E é aqui que vamos ser muito chatos!

 

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O feijão que costuma ir nos cabazes é, por nós, carinhosamente chamado de feijão seco. Este feijão deve ficar de molho em água fria de um dia para o outro. E é logo todo, não caiam no erro de conservar metade para uma próxima cozedura porque só vão sujar mais uma panela e gastar mais água e energia.

No outro dia (ou seja, no dia seguinte ao feijão ter ficado de molho), escorre-se o feijão da água e não se aproveita essa água, sim? Coloca-se o feijão numa panela (se for de pressão, melhor!) coberto com água, uma cebola (descascada, sim?, mas pode ser inteira), uma folha de louro e sal. E deixa-se cozer. Quando estiver cozidinho, retira-se do lume e deixa-se arrefecer. E, para acondicionar (só quando já estiver frio), sugerimos que faça assim: escolha quatro recipientes, dois maiores e dois mais pequenos. Já vai perceber porquê!

Divida o feijão já cozido pelos quatro recipientes (o recipiente pequeno leva menos do que o grande, ok?). Reserve um grande e um pequeno para fazer esta sopinha hoje e congele os outros dois (que serão um grande e um pequeno) para fazer a mesma sopinha noutro dia que lhe apeteça.

Pronto, a parte chata já está!

 

Ingredientes:

1 cebola média, descascada e cortada em cubos

1 batata média, descascada e cortada em cubos

1 dose + 1/2 dose de feijão seco já cozido

1 cenoura grande, com casca (sim!) e cortada às rodelas

2 tomates com rama grandes, daqueles bem vermelhos e carnudos, como costumamos ter sempre (não se aproveita a rama, os tomates cortam-se em quatro ou em oito, como preferirem

2 dentes de alho, descascados

3 pés de coentros, lavadinhos e picados

1 mão cheia de cotovelinhos (massa)

azeite e sal a gosto 

 

Numa panela alta, colocar azeite (não tape só o fundo finamente, ponha mais um bocadinho). Quando este aquecer juntar a cebola, o alho, a cenoura, o tomate e a batata, para que refoguem no azeite. É nesta parte que começa a vir aquele cheirinho da cozinha da avó, asseguramos. Vá mexendo para não pegar e quando a misturada começar a mudar de cor verta para junto dela água quente (sim, quentinha, a mais quentinha que conseguir), até que todos os ingredientes fiquem cobertos de água. Junte sal, tape a panela e deixe cozer dez minutos em lume médio. Passado este tempo junte o recipiente maior de feijões! Deixe cozer mais cinco minutinhos ou até a batata e a cenoura começarem a ficar tenrinhas. Logo que isto aconteça, tire a panela do lume e triture. Rectifique de sal e volte a colocá-la ao lume (médio). Quando começar a ferver junte-lhe os cotovelinhos e os feijões do recipiente mais pequeno, coloque o lume no mínimo (para os cotovelinhos não se pegarem ao fundo da panela, pois!) e espere mais um bocadinho, só até que os cotovelinhos cozam (normalmente dez minutos chegam). 

Antes de servir esta sopinha a fumegar junte-lhe os coentros picados. Adoramos uma boa pratada desta sopa supimpa acompanhada com fatias de broa de milho, aquela que a Cristina amassa como ninguém. Experimentem. Vale mesmo a pena.

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Gosto muito mais do nome italiano deste prato - pasta al pomodoro - do que chamar-lhe apenas esparguete com tomate. Mas o que eu gosto mesmo é de o cozinhar para os meus amigos porque, na realidade, detesto peneiras!

 

Não é um prato propriamente rápido de se fazer (se calhar leva aí uns quarenta e cinco minutos), mas é eficaz: enche a barriga (pelo menos a mim, que repito sempre, mas às tantas é da fome que tenho às horas que chego a casa), uso o melhor dos cabazes da Dona Horta na devida altura (só começo a fazer este prato nesta altura do ano, quando me lembro de reservar a dita cesta - sim, também me acontece!) e tem uma coisa - o prato, não a cesta! - que eu adoro, adoro, adoro: o queijo parmesão. 

 

Muito importante, antes de começar:

- tomatinhos fora do frigorífico, a amadurecerem ao natural, numa cestinha, na cozinha, pelo menos desde o dia antes;

- por experiência própria, escolher esparguete de qualidade, não vá o danado colar-se à placa (ou ao aparelho, no meu caso). Além disso, se fizer a mais, no outro dia para levar na marmita e aquecer no microondas um bom esparguete não me faz sentir tão desgraçada!

 

Ora então, e uma vez que está um calor danado, pode começar-se por cozer esparguete para duas pessoas, em água fervente, temperada com sal, uma colher das de sobremesa de azeite e uma casquinha de limão. Retira-se do lume quando estiver al dente, passa-se por água fria corrente e reserva-se. Claro que este passo também se pode fazer enquanto cuidamos dos tomates (já explico como) mas nessas alturas prefiro responder aos emails, às mensagens, arrumar a outra bancada da cozinha ou, como diz alguém de quem eu gosto muito, fazer máquinas.

 

Para o tomate supimpa:

- 1 kg de tomates maduros pelados e cortados em cubos (esta é a parte difícil mas é fácil descomplicar: ferve-se água numa chaleira e usa-se essa água numa taça, vertendo-a por cima dos tomates, aos quais fizemos um ligeiro corte em cruz, no "rabo", para ser mais rápido pelá-los). Para os mais mandriões e a quem a casca do tomate não faz cá confusões, ignora-se este passo de os escaldar. A dose certa será sempre uma taça, daquelas dos cereais de pequeno almoço, cheia de tomate aos cubos.

- 1 cebola grande, descascada e bem picada

- 4 dentes de alho, daqueles gordos, descascados e picados

 

Coloca-se azeite num tacho e quando quente refoga-se o alho e a cebola. Assim que começar a ficar tenrinha junta-se o tomate e vai-se mexendo, com a colher de pau, em lume médio-baixo. Porque é em lume médio-baixo que se apura esta coisa, durante a próxima meia hora. Há que juntar água (sempre quente ou a ferver) para que não se estrague nem o tacho nem o cozinhado. E, a minha batota preferida, neste caso, um cubo de caldo de galinha, mas daqueles que dizem natura, que assim não há cá enganos com o sal (porque não é preciso mais nenhum tempero).

 

Será que a receita está bem? É só isto assim, sem mais nada? É. É só isto. Legumes lá para dentro, um caldo de galinha, e um copito e meio de água quente, e deixar cozinhar o tomate, que vai soltando água e cozendo nele próprio, durante trinta minutos.

 

Depois, para servir, coloca-se a massa no prato, por cima o pomodoro quente, e raspa-se de fresco queijo parmesão a gosto. Polvilha-se com óregãos secos e esperam-se uns cinco minutos antes de se dar a primeira garfada, o tempo necessário para o tomate não queimar o mê rico céu da boca e para que o queijinho se funda com os restantes sabores.

 

Sou tonta por isto e espero que, se experimentarem, saia mesmo bem. Quanto mais não seja para eu não ficar mal na fotografia!

 

Beijinhos,

 

Joana de Avental.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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E uma rica sopinha com esta belíssima couve para um dia mais frio, hein?

 

Os cozinheiros cá do sítio têm sempre por perto uma sopinha feita de fresco, com "legumes de verdade" (como nos disseram há um par de dias). A receita desta semana não é nova mas se é deliciosa porque não publicá-la novamente?

 

Ora cá vai, e as quantidades são apenas indicativas:

 

- 2 cebolas, lavadas e peladas, cortadas aos cubos

(ou 1 cebola e a parte branca de um alho-francês miúdo que esteja lá nos fundos do frigorífico quase a estragar-se - às vezes acontece, nós sabemos!)

 

- 2 cenouras grandes, lavas, peladas, cortadas às rodelas

(nesta altura do ano, e com cenouras mesmo frescas e de casquinha tenra e fina - como as nossas - aproveite a casca, onde estão parte das vitaminas, e nada de pelar as senhoras/cenouras)

 

- 100 gramas de abóbora, lavada, descascada e cortada em cubos.

(nada de pevides, sim?)

 

- 1 nabo pequeno ou meia cabeça de nabo

(os legumes não crescem dentro de um calibrador, às vezes há nabos matulões, tão saborosos como os mais baby)

 

- 1 alho francês miúdo, lavado e cortado em rodelas muito finas (do tipo juliana)

 

- 1 couve-coração, lavado e cortado em juliana

(se for muito grande, do tipo de quilo, use só metade)

(se tem crianças pequenas já sabe, nada de troços na sopa senão há um "mãaae, eu nã quero, nã gosto!).

 

E agora? Bom, agora é assim: água numa panela, em lume alto. Se não é profissional das sopas coloque um litro de água e uma colher, das de café, mal cheia, de sal.

 

Quando a água da panela levantar fervura, junte-lhe todos os legumes, excepto os que foram cortados em juliana (o coração e o alho-francês) e passe o lume para médio.

 

Assim que os legumes cozerem triture-os (se cozerem demais perdem nutrientes, não deixe a panela ao lume enquanto vê a novela ou aquele senhor do porto canal a dizer disparates). Junte água (quente!) para acertar a espessura da sopa. E junte (aos legumes, não se deixe enganar pelo enredo!) a juliana de legumes e deixe que cozam, deixe que fiquem bem tenrinhos. Não se esqueça de duas colheres, das de sopa, de azeite virgem-extra (o melhor azeite para os melhores legumes, sempre!) ao mesmo tempo que a juliana, lá para dentro da panela.

 

Gostamos muito desta sopa com pãozinho torrado na hora e perfumada com uns coentros picadinhos. Daqueles que cheiram e sabem mesmo a coentros, sim?

 

 

 

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Dona Horta

A Dona Horta é um serviço de entrega de produtos frescos, naturais e saudáveis. Preparamos todas as semanas cabazes de fruta e hortaliças da época e entregamos em locais e horários pré-definidos. Este método único reduz significativamente a pegada ecológica associada à distribuição e promove uma maior aproximação entre consumidores e produtores nacionais. Mas mais importante, a Dona Horta ajuda a melhorar a dieta e bem estar da sua família. Tudo o que precisa de fazer é saborear o melhor da nossa terra, pois nós tratamos do resto! Visite-nos em www.donahorta.pt